“Da minha parte, não aceito isso”, diz juíza sobre transferência de presos para interior
“Tiveram
a brilhante idéia de encaminhar condenados para as cadeias do interior,
sem avisar delegados, promotores e juízes locais. Promoveram operações
desastrosas e atrapalhadas em plena madrugada. Jogaram em cadeias
destinadas a presos provisórios, detentos sentenciados pelos mais
hediondos crimes. Não procuraram saber se havia vaga. Resultado:
condenados perigosos, amontoados em pátios, sem a vigilância adequada.
Se na capital, a questão é a falta de lugar para colocar estes presos…no
interior…falta espaço, agentes, monitores…”, criticou a juíza.
Cerca
de 60 presos foram transferidos nesta quarta-feira, após a rebelião que
deixou 10 detentos mortos em Pedrinhas, para unidades prisionais do
interior do Maranhão, como Bacabal, Chapadinha e Santa Inês. De acordo
com Larissa Tupinambá, a transferência só muda o epicentro da rebelião.
“A
LEP foi ferida de morte. Misturaram-se presos cautelares e definitivos.
Separação pelo regime de cumprimento. ..nem pensar. Da minha parte, não
aceito isso. Compartilho com os colegas magistrados a minha indignação e
sugiro que cobremos explicações do excelentíssimo secretário e a
reversão desta unilateral e vergonhosa decisão”, afirmou a juíza de
Santa Inês.
* Larissa Tupinambá Castro, passou por Pinheiro como juíza substituta.
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